Nos últimos anos, os consultórios têm recebido cada vez mais pessoas que vivem — ou desejam viver — modelos de relacionamento diferentes da monogamia tradicional. Relações abertas, poliamor, swing, entre outras formas, já não são exceção. Elas são parte do cenário atual das relações humanas. Mas será que a clínica está preparada para esse movimento?

O risco de olhar com lentes antigas

Muitos profissionais ainda interpretam a não monogamia a partir de categorias ultrapassadas: como “traição”, “instabilidade” ou até “imaturidade”. Esse olhar não só distancia a clínica da realidade dos pacientes, como também reforça estigmas e produz sofrimento.

A escuta clínica, quando feita a partir de lentes desatualizadas, deixa de ser um espaço de acolhimento e se torna mais uma experiência de julgamento.

O conceito de orientação relacional

Assim como falamos em orientação sexual ou identidade de gênero, a orientação relacional é uma chave clínica que ajuda a compreender como cada pessoa se posiciona frente aos vínculos afetivos e sexuais.

Não se trata de uma “moda” ou de uma “fase”: trata-se de uma dimensão fundamental da identidade relacional de cada indivíduo. Reconhecer isso na clínica é reconhecer a singularidade de cada paciente.

Atualizar-se é responsabilidade ética

Quando um profissional entende que os modelos relacionais não se resumem à monogamia, ele amplia sua capacidade de escuta, cria estratégias mais precisas e respeitosas, e contribui para que o paciente se sinta de fato acolhido.

Ignorar essas mudanças é correr o risco de oferecer um atendimento defasado — que não dialoga com a complexidade da vida contemporânea.

Um convite à atualização

É por isso que desenvolvi a Atualização Profissional: Estratégias Clínicas para Profissionais da Saúde.
Um espaço pensado para compartilhar ferramentas, conceitos e práticas que ajudam a compreender a orientação relacional e a lidar com as diferentes formas de vínculo presentes nos consultórios.

📅 O lançamento será no dia 29 de setembro.
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